Desafios na preservação do Parque Pedra do Sol

O Parque Pedra do Sol enfrenta desafios na preservação das pinturas rupestres da Serra do Cipó — um patrimônio histórico e cultural inestimável.

Entre os principais obstáculos que comprometem a integridade desses registros ancestrais, além da fauna e da flora, estão:

  • A depredação;
  • As queimadas criminosas;
  • A especulação imobiliária;
  • A falta de conscientização dos moradores;
  • E a falta de investimentos governamentais.

Certas iniciativas são fundamentais para assegurar que as pinturas rupestres continuem a contar histórias ancestrais para as gerações futuras, como:

Depredação

A depredação é um resultado direto da falta de conscientização da população sobre o valor das pinturas rupestres.

Esse problema é agravado por visitantes desinformados que deixam lixo, marcas, pichações, e até removem partes das rochas ou artefatos arqueológicos dos sítios.

Ao perguntar a um pichador por que ele havia desenhado sobre as pinturas rupestres, a arqueóloga e educadora Marina Gomide recebeu uma resposta inesperada: ele acreditava que as gravuras ancestrais eram rabiscos de crianças.

Sem a fiscalização adequada ou políticas de conscientização eficientes, esse patrimônio milenar corre o risco de desaparecer por puro desleixo.

Queimadas

As queimadas ocorrem de forma natural por todo o cerrado nos períodos de seca, mas a ação humana criminosa tem aumentado os riscos de incêndios que destroem os sítios arqueológicos, além de devastar a fauna e a flora.

Com o agravamento das mudanças climáticas e práticas irresponsáveis, os incêndios se tornam mais frequentes e devastadores.

Pecuária

A expansão da pecuária tem sido uma ameaça constante para o Parque Pedra do Sol, no qual o bioma de campo rupestre e sítios arqueológicos milenares são destruídos para a abertura de pastagens.

A posse irregular da terra resulta no desmatamento e acalcamento de solos frágeis, obliterando os vestígios antes mesmo de serem estudados.

O avanço dessas atividades, aliado à dificuldade em regularizar e proteger as áreas de importância arqueológica, coloca em risco não apenas o patrimônio cultural, mas também o equilíbrio ambiental das regiões ao redor do parque.

Sem fiscalização rigorosa, os artefatos, as estruturas antigas e as pinturas rupestres, desaparecem sob a ação do gado, que degrada o solo por pisoteio.

Erosão


A erosão natural e humana, principalmente a causada pelo manejo inadequado das vias de acesso, ameaça os sítios arqueológicos do Parque Pedra do Sol, desgastando estruturas antigas e alterando a paisagem.

Sem intervenção, as marcas do passado são destruídas, prejudicando a pesquisa e a experiência dos visitantes.

Especulação imobiliária

Novos empreendimentos de mineração e parcelamento irregular do solo ignoram a importância dos sítios arqueológicos, colocando em risco não apenas as pinturas rupestres, como também os ecossistemas que as cercam.

A especulação imobiliária, impulsionada pela valorização da região, leva ao desmatamento e à expansão urbana desordenada.

Falta de investimento governamental

Sem os recursos adequados para a fiscalização, a conservação, e o desenvolvimento de programas mais amplos de educação ou sensibilização ambiental e patrimonial, o Parque Pedra do Sol conta só com a ajuda de pessoas feito você para garantir a proteção desse patrimônio.